domingo, 11 de setembro de 2011
Com o tempo a dor diminui???
Mas a sensação que tenho, que isso não é verdade, a cada dia que passa a dor fica mais intensa, o fato da separação fica mais forte e a saudade corroí, o coração fica mais amargurado, fica cada vez mais dificíl enfrentar a vida.
Fico a todo momento me questionando, Meu Deus!!!!
Hoje vou postar aqui o vídeo do aníversário da Juliana, fizemos com tanto carinho!!!
Aproveito tb para deixar uma mensagem para meu Anjo
Filha querida te amo muito, vc é nossa vida!!
Como nós fomos felizes juntos, Eu, Juju e papai...
Não me canso de falar que Agradeço por ser sido sua mãe...
Hoje esta dificíl até mesmo escrever...
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Levando a vida
Nossos horários, nossas refeições, enfim tudo.
Recentemente (antes do acontecido) comentei com algumas colegas que definitivamente não sabia como era minha vida antes do nascimento de minha pequena, parecia que minha vida não tinha sentido, eu lembrava apenas das coisas que vivenciava com ela, esse era meu assunto preferido com todos, queria sempre compartilhar o crescimeto e desenvolvimento de minha fofura com todos. Maior orgulho.
Mal sabia eu que teria que passar pela maior provação dessa vida!! A morte de um filho
Meu Deus é muito duro, muito injusto....
Vou vivendo, quando as pessoas me perguntam como estou, pra mim é horrível responder.
Sei que quando perguntam isso é para responder algo positivo. E eu nesse momento não tenho nada de positivo para responder. Estou lutando....Sobrevivendo....
Tristeza de uma mãe
Tive uma gravidez abençoada, os exames sempre demostraram que minha filha é perfeita, curti tanto, todos os meses, fiz tudo que tem direito álbum de gestante, cursos etc...
Em 12 de maio de 2010 dei a luz a Juliana Soares da Cruz, linda saudável, uma princesa.
Sempre acompanhei as consultas com a pediatra, tudo perfeito, inclusive a médica sempre disse que a Juju estava sempre a frente do seu tempo.
Estava tudo perfeito minha linda estava andando e falando um monte de palavras.
No dia 10 de agosto, durante a madrugada, ela tossiu e vomitou (pouco) claro que fiquei preocupada, porém ela voltou a dormir.
Pela manhã acordou chorando e novamente vomitou, dei uma dose de digesan...
Pensei é algo no estômago...
Meu marido ficou em casa com ela, eu tinha que ir até o trabalho para resolver uns probleminhas e logo voltaria, nesse meio tempo, meu marido achou ela muito caidinha e resolveu ir ao médio no pronto socorro do Vita BR em Curitiba, assim que soube já fui a caminho do hospital, meu marido comentou que ela estava no soro, eu corri tanto para chegar no hospital, nossa uma agonia total, minha filha no soro Meu Deus nunca havia tomado uma injeção...
Chegando lá corri até que os encontrei, minha filha estava em convulsão, eles a medicavam na veia, para tentar sanar a convulsão, fiz um escândalo, eu entrava em todos os consultórios pedindo ajuda percebia que minha filha não melhorava, naquela porção de segundos a médica pediu para que arrumassem a sala de tomografia urgentemente. Ninguém sabia oque estava acontecendo.
Imediatamente ela foi realizar os exames, e as crises convulsivas não paravam.
Fiquei na porta em desespero.
Logo a médica veio ao meu encontro e disse que não tinha boas noticias, e haviam encontrado um tumor no cérebro dela, disse também que era grande, e que iriam fazer uma ressonância para saber maiores detalhes. Tão logo entro na sala de ressonância, eu invadi a sala, tinha vários médicos, e enfermeiros, todos estavam perplexos com as imagens, alguns discutiam o caso pelo celular, logo percebi que era muito serio, olhei para uns dos monitores e também vi a imagem, o tumor era enorme e nítido, não deixava dúvida. A médica saiu da sala dizendo que por causa das convulsões o exame não tinha saindo bom pois ela se mexia muito, então o indicado seria entuba-la para fazer o exame com maior tranquilidade. Ali percebi que estava perdendo minha filha, porém tinha muita esperança.
Na parte da tarde perto de 18:00 ela foi realizar a ressonância novamente, agora entubada, supliquei as médicos que cuidassem dela como fosse um filho deles, neste momento mais uma vez que o caso era sérissimo, pois toda a equipe se emocionou.
Após o exame percebi que a médica que estava acompanhando ela, esta na maior correria, perguntei o que era ela me falou que estava entrando em contato com o banco de sangue, pois já tiunha conversado com o neurocirurgião pelo telefone ele havia falado que a salvação da Juliana seria uma cirurgia que seria realizado naquela madrugada mesmo.
Não me lembro que horas os médicos chegaram, o cirurgião foi o Dr. Ari Pedroso, ele me explicou tudo, os riscos a necessidade da cirurgia, tudo, ele estava confiante... E eu mais ainda.
O tempo da cirurgia foi horrível, Meu Deus que agonia...
Após umas 3 a 4 horas ele veio até mim, e falou que na cirurgia não pode fazer muita coisa, e que o cérebro dela estava muito lesionado por causa das convulsões, e o tumor era mais complexo do que ele imaginava e se ela sobrevivesse, teria sequelas terríveis, mas que era para nós esperar.
Pela manhã do dia seguinte foi realizado mais uma serie de exames, dos quais não estava nada bom. Eu e meu marido pedimos para acompanhar o eletro, perrcebemos que não havia atividade cerebral pois a agulha do eletro nem mexia, tirei minha dúvida com a enfermeira ela muito abalada, não conseguiu me responder. Após este exame fizeram outros mais complexos que não acompanhamos pois estava muito duro para nós, e a equipe médica quis nos poupar. De posse dos resulatdos a psicologa da UTI e os médicos, nos explicaram que aqueles exames não eram definitivos, e teriam que esperar 12 horas para repetir, diante da situação acharam melhor esperar mais tempo, deu quase 24 horas, pela manhã do dia 12 repetiram os exames. Eu não queria nem pensar no que estava acontecendo.
A equipe médica veio novamente conversar conosco. Agora era uma conversa conclusiva.
Me falaram que minha filha, tinha morte encefálica, falaram sobre os aparelhos e possibilidade de desligar pois aquela respiração era 100 por cento artificial, a pressão dela estava super baixa os batimentos cardíacos se alternavam de 100 a 30 b/m, pedi para segurar em meus braços da mesma forma que segurava quando amamentava, tão gostoso, muito bommmm.
Logos os aparelhos pararam...
Minha filha, minha razão de viver havia falecido. Meu mundo que já tinha começado a desabar, caiu de vez....
Pensei que não iria suportar toda aquela situação, velório, enterro e a separação definitiva de nós duas. Não sei como mas consegui....
Quando tirávamos fotos juntas, nós parecíamos uma só.
Agora estou eu aqui tentando suportar tudo isso...
Com uma dor enorme no coração.
Peço para que Deus tenha piedade de mim.
Os amigos tentam nos ajudar.
As lembranças boas ajudam a suportar tanta dor....
Sei que fui uma mãezona mesmo... Com orgulho, nunca tive preguiça de nada. Tudo que fazia tinha muito prazer, amava fazer as papinhas, dar mamadeira nas madrugadas frias de Curitiba, claro que aproveitava para terminar de dormir em nossa cama. Quentinho gostoso, ali ela demosnstrava que estava segura e que nada podia acontecer com ela, até mesmo podia deixar a luz apagada.